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María do Carmo Henríquez

Valentim Paz Andrade

Nos artigos que temos dedicado a figuras da cultura e língua galego-luso-brasileira citamos entre os defensores da unidade da língua que se fala Além e Aquém do Minho o intelectual Valentim Paz Andrade. Da sua obra analisamos “Castelao na luz e na sombra”, legado de Castelao e ideário de Valentim.

Conhecemo-lo em 1983 em Ourense, quando particípávamos junto com Isaac Díaz Pardo e Adela Figueroa numha mesa-redonda realizada na Escola Universitária de Ourense, nas ‘Jornadas do Ensino’, que tinham lugar anualmente, dirigidas e coordenadas por José Paz e José Luís Fontenla.

Tivemos mais relacionamento com a Pilar, a sua esposa, quem nos ensinou importantes documentos históricos e documentais que guardava e cuidava como o melhor tesouro na sua casa, lugar onde Eduardo Blanco Amor tinha a sua morada e dispunha de um local habilitado com mesa e máquina de escrever, para a elaborar umha parte importante do seu romance “Xente ao lonxe” (Vigo, Galaxia, 1972). Quando visitava a Galiza José Bieto Abraira, sempre estava nesta casa como um membro mais da família e depois passava alguns dias com Isaac Díaz Pardo.

A cidade de Vigo em vida nom soubo reconhecer a sua obra. Houvo que esperar ao dia 28 de junho de 1997, para que a Câmara Municipal dedicasse o seu nome ao que fora o Passeio Marítimo de Bouças, tam acorde com a vida profissional e intelectual de Valentim, como lembrava o conhecidíssimo escritor Méndez Ferrín no FARO DE VIGO, de 2 de julho de 1999, que até parabeniza o ideólogo, embora, na verdade, tivesse sido umha ideóloga, apoiada pola vereadora de cultura naquela altura, cujo nome nom lembramos agora. O ato tivo lugar o dia 28 de junho de 1999. Na fotografia estám o seu filho Afonso e o Presidente da Câmara Municipal em funçons e atrás aparece a viuva, Pilar: esse dia chovia (FARO DE VIGO, 29 de junho de 1999, pág. 5).

Mais relevante foi a Homenagem que lhe tributou a AGAL os dias 26, 27 e 28 de maio de 1997, que contou com a sempre carinhosa e generosa ajuda de Pilar e Francisco R. Vidales (“Paco”). O dia 19 de maio no cemitério do Leres (Ponte-Vedra) às 13:30 tinha lugar umha oferenda floral no panteom da família, onde, além do ramo de esta associaçom, houvo outros do grupo de empresas “Pescanova” e da família. As conferências fôrom reunidas num número especial de Agália com trabalhos de José Manuel Barbosa, Maria do Carmo Henríquez, Martinho Santalha e Elias Torres Feijó. Mais informaçom aparece no nº 50, pp. 239-248 e nº 51 pp. 259- 336 do ano 1997.

Nstes dias ainda nom recuperados da triste e trágica notícia, transmitimos mais umha vez as nossas condolências a toda a familia, nomeadamente a Pilar, Elizabeth, Valente, Sabela e os seus fieis servidores Pepita e Afonso.

“Ars longa vita brevis”. Descansem em Paz!

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