Studia in Honorem Celsi Rodríguez
Depois do trabalho titânico e generoso dos três Professores e coordenadores (Helena Cortés, Francisco J. Ledo e Fernando Romo) e a ajuda do Serviço de Publicaçons da Universidade de Vigo, vê a luz o livro de 460 páginas intitulado: “Postremum Munus. Studia in Honorem Celsi Rodríguez Fernández”. A biografia do inesquecível e caríssimo Dom Celso (Tominho, 8 de novembro de 1932 -Tui, 10 de junho de 2021) podemos sintetizá-la com estas poucas unidades lexicais: sacerdote, bem-feitor, latinista e professor catedrático de latim. Os seus livros e estudos alcançam a cifra de vinte e cinco contributos.
A obra, além da apresentaçom, semblança e bibliografia selecta, estrutura-se em dous grandes blocos: “Edad Antigua” com estudos de Alberte González, Alonso Montero, Bueno Alonso, Carracedo Fraga, Castro Caridad, Cortés Gabaudan, Díaz Bustamante, Estefanía Álvarez, Molinos Tejada, Redondo Sánchez, Tabarés Goldar e Vázquez Buján. O segundo bloco, sob o título “Edad Moderna y Contemporánea”, contém quinze trabalhos, umha miscelánea polimórfica e heterogénea, na sua maioria elaborados por professores das Universidades de Vigo e de Santiago. Mencionar sucintamente a temática exigiria mais páginas das permitidas em artigos como o presente. Há referências a obras de Torrente Ballester, ao tópico do ‘carpe diem’, a Álvaro Cunqueiro, a umha gramática missionária, fitotopónimos vigueses, à obra de Miguel de Unamuno, à traduçom literária... Por este motivo convidamos à leitura deste livro quer polo interesse dos temas históricos, quer pola ledícia por podermos aprofundar em aspetos desconhecidos ou pouco divulgados de figuras da Literatura, da Filologia ou até da bandeira europeia, da morrinha e saudade, etc.
"A biografia do inesquecível e caríssimo Dom Celso podemos sintetizá-la com estas poucas unidades lexicais: sacerdote, bem-feitor, latinista e professor catedrático de latim. Os seus livros e estudos alcançam a cifra de vinte e cinco contributos"
Apenas fazemos referência ao nosso estudo: “O latim, base da terminologia jurídica europeia” (págs. 345-356), centrado no processo de substituiçom do latim polas línguas “vulgares”, neste caso concreto polo castelhano, nomeadamente desde o século XIII (Fernando III, Afonso o Sábio) até o século XIX, quando o latim quase desaparece como língua da Ciência polas ideias de intelectuais como Feijó (1676-1764), Sarmiento (1695-1771) ou Jovellanos (1744-1811). Nom se podia esquecer a relevância das máximas jurídicas latinas nem a dicotomia existente entre juiz-funcionário, onde prevaleceria a quantidade de conflitos julgados e sentenciados, ou juiz-criador de Direito, onde importa mais a qualidade e a seleçom das pessoas mais capazes, para que além de resolver, gerem Direito. Esta segunda alternativa tem conseqüências gramaticais e lexicológicas, porque se maximaliza a precisom e a terminologia, assim como o uso da reta razom em cuidado do bem comum.
Convidamos expertos e público em geral à leitura desta obra em momentos em que a cultura e o saber científico estám seriamente ameaçados. Com todo o carinho de antigos alunos, PAS, professores da Faculdade de Filologia e da Universidade de Vigo: Dom Celso, Requiescat in pace!
*Professora catedrática de Universidade
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