Totalitarismo

Umha das fontes para conhecer o significado das palavras, além de um bom dicionário geral monolingue da correspondente língua, é a Morfologia lexical, disciplina marginalizada nos novos sistemas educacionais (mesmo na Universidade). O sufixo -ismo anexa-se a radicais diversos e atribui a ideia de movimento político, ideológico, opinativo, económico, social ou cultural; podem formar-se neologismos com este sufixo através de apelidos da classe política (bolsonarismo, chavismo, peronismo, sanchismo, trumpismo...).

É um dos sufixos mais fecundos na sociedade, nom há dia em que nom se fale de comunismo, conservadorismo, fascismo, feminismo, independentismo, machismo, marxismo, nacionalismo, populismo, progressismo, socialismo, etc. Podem confluir num mesmo derivado vários dos significados citados (assim, autoritarismo pode referir-se a um regime e a umha forma de comportar-se umha determinada pessoa ou instituiçom científica).

Relacionado com este sufixo está o sufixo –ista, formador de adjetivos que denotam pessoas ou agentes que praticam estas crenças ou doutrinas (comunista, conservadorista, fascista, feminista, independentista, machista, marxista, nacionalista, populista, progressista, socialista, etc.). Surpreende que pessoas que devem ser competentes no uso do léxico adequado a cada situaçom concreta abusem destes substantivos e qualificativos, sem que se interprete que podem injuriar (ánimo de injuriar), pois parecem nom ter limites na liberdade de opiniom na assembleia legislativa. Umha das caraterísticas mais evidentes dos totalitaristas é que nom sabem retificar, os textos legais som contrários aos objetivos que dizem defender, pois em geral estám concebidos por pessoas incompetentes, que mentem compulsivamente e só buscam defender e proteger os seus sequazes.

Outro substantivo, que ajuda a compreender o estado em que se encontram determinados territórios da Europa ou da Iberoamérica, seria “totalitarismo”: doutrina ou regime político que, sem admitir qualquer forma legal de oposiçom, tolera apenas um partido, tem como objetivo controlar e ter ascendência sobre as instituiçons e organismos mais importantes, e mesmo sobre as sociedades ou instituiçons académicas, exigindo usualmente completa subservência dos cidadaos ao Estado. Casos de totalitaristas e mentirosos compulsivos, mesmo quando informam sobre as guerras ou conflitos bélicos, podemos vê-los em épocas mais recuadas ou mais próximas em territórios europeus ou ibero-americanos.

O conceito ou ideia de “autoritarismo” poderia trasladar-se ao âmbito cultural, como acontece de facto com a ditadura exercida polo Instituto da Lingua Galega e a Real Academia Galega, onde a falta de diálogo e de consenso é evidente desde a década de 1970, nom retificam e o galego desaparece.

*Professora Catedrática de Universidade

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