Opinión
Narciso no país das mentiras
Na nossa infância a leitura de relatos que sempre tinham um final feliz era um dos poucos divertimentos com que podíamos desfrutar as nenas, outras atividades centravam-se em jogar nas ruas à «madana» ou saltar à corda, um daqueles contos tinha por título Alice no país das maravilhas, umha das fontes de inspiraçom deste relato. Narciso era o filho do deus fluvial Césifos e da ninfa Leiriope que, punido por Afrodite viu-se enamorado da sua própria imagem refletida nas águas de umha fonte.
Na Bíblia ou «Sagrada Escritura» a mentira qualifica-se como umha falsa asserçom, estava proibida, considerava-se pecaminosa e prejudicial, dedicam-lhe várias passagens nos diversos Livros que integram o Antigo Testamento, facto que demonstra a sua relevância e imoralidade..
No Direito Romano documentamos várias máximas jurídicas latinas, no índice temático aparecem contrapostas («verdade versus falsidade») apenas reproduzimos algumhas acompanhadas da traduçom literal: «errore veritas non amittitur» ‘a verdade nom se perde por erro’, «falsus est nom solum, qui mendacium dicit, sed etiam, qui veritatem ocultat» ‘é falso nom somente o que diz mentira, mas o que oculta a verdade’; «nimium altercando veritatis amittitur» ‘discutindo sobre nimiedades, a verdade desvanece-se’; «quae non est plena veritas, est plena falsitas nom semiveritas» ‘o que nom é inteiramente verdade é plena falsidade, nom meio-verdade’, etcétera.
Do ponto de vista etimológico este vocábulo ja ocorre no latim da Lusitânia no século XI, e pode documentar-se com mais freqüência desde o século XIII. Consiste substancialmente numha afirmaçom contrária à verdade, está relacionado com o verbo «mentir» (e este com «mens, mentis») mas de maneira obscura, polo que a sua explicaçom tem merecido várias hipóteses etimológicas que nom som do caso explicar, apresenta umha rica família lexical (assim, «mentiroso» registrada no século XII). Lembre-se que quando um dicionário recolhe um vocábulo, como deve ser sabido os lexicógrafos o selecionam porque existiam essa classe de pessoas na sociedade, polo que a existência de «mentirosos» deve ser consubstancial com o género humano.
As mentiras parecem dominar escandalosamente os relatos, os factos e as obras de vários representantes da nossa classe política, alguns dirigentes já vam acompanhados do adjetivo qualificativo «mentiroso/-a». Certos porta-vozes parecem sanguessugas (sempre querem mais), embora sejam cadáveres políticos, funcionam como batoteiros, porém protegemse-se com o seu cinismo, e ocasionalmente podem aparecer maquilhados, sempre buscam marginalizar o que é fundamental para a opiniom pública. Um Estado que se define como democrático e de Direito nom pode nem deve tolerar estes comportamentos indignos e miseráveis.
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