Opinión

O país do dialetalismo

Depois de termos analisado propostas documentadas nas últimas semanas nas informaçons jornalísticas, podemos deduzir com clareza que a Galiza carece de umha língua o suficientemente elaborada para que poda atingir um uso generalizado (na família, na escola, na sociedade, na ciência...), porém nos postulados em que parecem estar de acordo os «investigadores oficialistas» som que a Galiza, embora careça de umha língua que contenha as condiçons minimamente exigidas para umha língua internacional e de cultura, é muito rica no «dialetalismo», isto é, oferece construçons e soluçons próprias de um dialeto. O sufixo -ismo designa movimentos sociais, ideológicos, políticos, opinativos... dominantes na nossa sociedade atual, expressados com palavras transparentes: absolutismo, amiguismo, autoritarismo, burocratismo, caudilhismo, fanatismo, formalismo, narcisismo, nepotismo, populismo, sectarismo, servilismo, totalitarismo, vitimismo..., e os compostos sintagmáticos «travestismo da verdade» ou «ilusionismo da mentira».

As línguas na História fôrom objeto de ideias e estudos dos mais insignes pensadores, intelectuais e cientistas europeus. Vai ser no século XVIII quando com Herder ou Humboldt renascem as teorias nacionalistas, embora nessa época tivessem a supremacia as ciências naturais, a psicologia, as teorias da sociologia ou a economia social. Nom devemos esquecer que o lingüista Ferdinand de Saussure, talvez o mais eminente da primeira metade do século XX, nom estivo alheio às teorias nacionalistas existentes na Alemanha, difundidas no movimento romântico de princípios do século XIX (pensemos décadas mais tarde nas primeiras gramáticas do galego, nos excelsos Rosalia, Curros, Pondal...) e a difusom na Galiza das proclamas: «a língua é a que fai a naçom», «se somos galegos é polo idioma», «umha língua é o produto coletivo de todo um povo», «as divergências geográficas no espaço devem ajudar para que esse povo tome consciência da sua língua, nom para potenciar o dialetalismo», «ser conscientes de que umha mesma língua histórica se desenvolve paralelamente sobre dous territórios separados politica e geograficamente»...

Contodo, a pesar da nossa história clínica «o galego e o português pertencem ao mesmo conjunto, ao mesmo continuum lingüístico», o perigo hoje nom é o plurilingüismo, saber vários idiomas é umha tendência na atualidade, o perigo residiria nas pessoas que nom querem ver a realidade histórica, política, económica e social, facto muito grave que denotaria a «cegueira político-lingüística dos Notáveis» sem conhecimentos sobre postulados da Historiografia lingüística, que nom querem ver um modelo exemplar em Flandres, sabendo que «a diferenciaçom lingüística sobre territórios só acarreta enfermidades para as línguas históricas» por existirem tantos dialetos como lugares: já quigeram outras nacionalidades históricas terem esta supremacia!

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