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Umha das propriedades do sistena lexical das línguas históricas é que os significados das palavras nom som entre elas absolutamente independentes, porque estám conectados por diferentes tipos de relaçons: revela-se fácil observar que entre os significados de “rico” e “pobre” existe umha relaçom de “oposiçom”, que os lingüistas denominam “antonimia”. Porém a oposiçom entre significados encerra vertentes diferentes, assim nom sempre é fácil elaborar um exame minucioso entre “rico” e “pobre”, pois existem graus intermédios: o adjetivo “rico” pode ser modificado polos quantificadores “muito”, “bastante”, “demasiado”, “pouco”... que haveria que precisar economica ou socialmente.

A relaçom de incompatibilidade carateriza muitos grupos de unidades lexicais. A incompatibilidade é umha relaçom que se acha entre umha série mais ou menos extensa de palavras que compartilham propriedades comuns e que apresentam traços diferenciadores. Podemos falar de “oposiçom”: (a) quando os termos excludentes sejam dous: “aberto”/ “fechado”, é necessário que os dous termos se oponham de maneira inerente e nom meramente acidental, por exemplo “água” ou “vinho”; (b) caráter patente, a oposiçom tem que estar codificada de maneira expressa, nom implícita, “segunda-feira” e “quarta-feira” nom os sentimos como opostos, porque a oposiçom de direcionalidade a respeito de um ponto nom está codificada lingüisticamente, como o está no caso de “onte” e “hoje”; (c) deve ser inferida de modo específico para cada caso concreto.

"É justo e necessário que todos os cidadaos paguemos os nossos impostos"

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As dificuldades semânticas existentes para definir estes antónimos som evidentes, e nom sabemos como vam fazer as Administraçons públicas para estabelecerem com clareza, precisom, eqüidade, proporcionalidade, justiça, e pensando sempre na “razom dirigida ao bem comum”, quem é “pobre” ou “rico”. Por ventura, é mais rico o cidadao que herda umha propriedade dos seus avós ou pais conseguida com trabalho e esforço, com muita austeridade, sem dilapidar o seu capital, do que os “novíssimos ricos” procedentes de postos das Administraçons públicas ou dos partidos políticos”?

É justo e necessário que todos os cidadaos paguemos os nossos impostos, porém também é urgente e absolutamente imprescindível que o Governo e todos os governos das Comunidades Autónomas sejam austeros, nom esbanjem o dinheiro público, busquem adelgaçar todos os seus órgaos, para conseguirem a máxima eficácia e eficiência. Contodo, como acaba de asseverar o Professor Doutor Joám J. Santamaria (FARO DE VIGO, 28-IX-2022, pág. 19) aumentar demasiado os impostos favorece a defraudaçom a partir de um nível determinado, enquanto a baixada de taxas incentiva mais o melhor cumprimento das obrigaçons tributárias. Perguntas sibilinas: Que significa o “Estado de Bem-Estar?, Nuclea-se na Saúde e na Sanidade?, Pensam criar um novo imposto para “os ricos de coraçom”?

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