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Um parasita poderíamos defini-lo na língua geral como um organismo que “vive de” outro organismo, obtém alimento à costa deste e pode causar-lhe dano. Existem no reino animal e no reino vegetal. Em sentido pejorativo, aplica-se também às pessoas que vivem a custa de outras pessoas ou de entidades oficiais por mera exploraçom, porque som as que disponhem de verbas orçamentárias, para promover, por exemplo, as Humanidades em geral ou a língua e cultura em particular.

Os parasitas da língua e da cultura galega existem desde sempre. Potenciárom-se na década de 1970, inserírom-se na Universidade, editoras, entidades, fundaçons instituiçons, administraçons, setor público, classe política, etc. Os seus “princípios científicos” som contrários ao método científico: nom praticam o realismo nem a objetividade, prescindem do humanismo ou do saber originário e da tradiçom, tampouco praticam o antidogmatismo, o bem público ou responsabilidade social. A Galiza compartilha com as outras autonomias esta singularidade, sejam nacionalidades históricas ou regions, polo que caberia a possibilidade de distinguir dezassete modalidades de parasitas. E ainda poderia haver famílias, géneros e espécies. O que se pode ver nas suas biografias é “o nada”, e além do mais, som setárias e medíocres.

Todas elas se proclamam “defensoras de”, porque obtenhem “lucros e alimento de”, pode ser da língua, da literatura, dos clássicos (escritores ou personalidades das filologias e cultura de qualquer território) e trabalham intensamente para potenciarem determinadas obras no ensino e postos de trabalho em qualquer âmbito. Desconhecemos a cifra, poderiam ser milhares e até alcançam postos de relevância no Governo, nos governos das diferentes autonomias ou na organizaçom territorial do Estado. Umha vez instaladas no Poder levam com elas outros parasitas obedientes, e como som organismos da mesma espécie formam colónias.

"Umha vez instaladas no Poder levam com elas outros parasitas obedientes, e como som organismos da mesma espécie formam colónias"

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Os direitos fundamentais e liberdades públicas (expressar livremente pensamentos e ideias, produçom e criaçom literária, científica, comunicar livremente informaçom veraz...), que nom podem ser restringidos, som vulnerados diariamente por estas colónias que na atualidade tenhem chegado a cargos importantes das administraçons. Eliminam ou reduzem nos sistemas educativos matérias como as Filologias, a Filosofia, a Geografia, a História, as Artes, as línguas clássicas (Latim e Grego), porque desejam dispor de umha sociedade assimilada, sumisa e desinformada, para poder transmitir com mais facilidade a sua informaçom mendaz e carente de rigor científico. Um dos seus objetivos prioritários é conseguir umha sociedade acrítica.

Como podem causar dano nos modelos educativos (os estudantes apenas costumam ler livros, revistas ou consultar dicionários em papel; carecem de competências na língua oral e escrita; ignoram factos relevantes da história e da cultura universal), agora que estamos em momentos de máxima higiene sanitária, seria bom desinfetar administraçons, entidades, fundaçons, instituiçons, etc.

*Professora Catedrática de Universidade

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